terça-feira, 10 de outubro de 2023

10 de outubro - Dia de São Francisco Borja (ou Bórgia)


1510-1572

Glória da nobreza espanhola e da Companhia de Jesus. Grande de Espanha, Marquês de Lombay, Duque de Gandia, Vice-rei da Catalunha, Geral da Companhia de Jesus, iluminou sua época com invulgar sabedoria política e altas virtudes. 

O pequeno Ducado de Gandia, pertencente ao Reino de Valência, era governado no início do século XVI por Dom João de Borja. Sua mãe, viúva pela segunda vez aos 18 anos, logo que o filho pôde administrar o Ducado, retirou-se aos 33 anos de idade para o mosteiro de las Descalzas, como vulgarmente são denominadas na Espanha as monjas clarissas. Lá já se encontrava sua filha Isabel, que edificava por sua virtude.

Dom João era casado com Dona Joana de Aragão, neta, por um ramo bastardo, do Rei Fernando de Aragão, esposo de Isabel, a Católica. Expulsando os mouros de Granada, no mesmo ano em que promoviam o descobrimento da América, esses soberanos puseram fim a oito séculos de dominação moura na Espanha.

Francisco, primogênito dos Duques de Gandia, nascido a 28 de outubro de 1510, deveu à mãe sua precoce piedade. Dona Joana tinha especial predileção por ele, devido a seu bom temperamento e natural inclinação à virtude. Não descuidando em que recebesse formação própria a seu ilustre sangue, escolheu para ele dois preceptores de conhecida erudição e comprovada virtude.

Modelo de virtude em luxuosa Corte

Aos 10 anos Dom Francisco perdeu a mãe. Devido a este falecimento, o menino deixou o convívio do pai e dos sete irmãozinhos, pois sua educação foi confiada ao tio materno, Arcebispo de Saragoça. Com ele passou alguns anos.

Como o costume exigia então, os filhos dos Grandes de Espanha passavam a juventude como pajens na Corte. Assim, ao cumprir 16 anos, Francisco foi enviado à de Carlos V, jovem rei da Espanha e Imperador do Sacro Império. Este logo afeiçoou-se ao adolescente pela nobreza de sangue, seriedade, diligência e piedade.

A Imperatriz Isabel, filha do Rei de Portugal e esposa de Carlos V, tinha tal dileção por Dom Francisco que, atingindo ele os 20 anos, deu-lhe por esposa Dona Leonor de Castro, sua melhor dama de companhia, então com 17, em cujas veias corria o mais ilustre sangue luso. Como presente de bodas, o Imperador Carlos V concedeu a Dom Francisco, além do título de Marquês de Lombay, a nomeação como Montero-Mor de sua Casa. E a Imperatriz acrescentou-lhe o de seu Cavalariço-Mor, e à Marquesa, esposa de Francisco, o de sua Camareira-Mor.

A Imperatriz quis ser a madrinha do primeiro filho do casal, que recebeu o nome de Carlos, em honra do Imperador. E também dispôs que seu filho Felipe -- o futuro Felipe II -- fosse o padrinho.

Em meio a todas essas distinções, sendo dos poucos a ter entrada livre na câmara real e vivendo em faustosa Corte, o jovem Marquês de Lombay mostrava-se sempre simples e recatado, impressionando a todos por sua rara virtude. Esta era fruto do hábito salutar que adquirira de domar sempre suas paixões e más inclinações. Para isso, utilizava os métodos mais eficazes, como a oração, confissão e comunhão freqüentes, além de penitências voluntárias. Dona Leonor procurava seguir a mesma trilha.

Deus os abençoou, concedendo-lhes cinco filhos e três filhas, uma das quais seguiria a senda da bisavó, entrando também para las Descalzas de Gandia. Após o nascimento do oitavo filho, os Marqueses, de comum acordo, decidiram viver em estado de continência, embora não tivessem atingido ainda os 30 anos de idade...

O ano de 1529 marcou profundamente a vida do Marquês. A Imperatriz Isabel faleceu, após breve doença, no auge do poder e de sua extraordinária beleza. Como prova de estima pelo casal, o Imperador dispôs que somente a Marquesa amortalhasse sua esposa e que fosse o Marquês quem acompanhasse os restos mortais dela até o Panteón Real, em Granada.

Quando, após 15 dias de trasladado, sob um sol abrasador, o Marquês teve que reconhecer ante os notários aquele corpo já em adiantado estado de corrupção, constatou novamente, de maneira pungente, a fragilidade das glórias deste mundo. E renovou seu propósito de, se sobrevivesse à esposa, dedicar-se somente à vida que não tem fim, numa Ordem Religiosa.

São João de Ávila, a quem então abriu sua alma, aprovou-lhe a decisão. 

Vice-rei da Catalunha - "Exílio" em Gandia

Apenas voltou de Granada, Carlos V nomeou-o Vice-rei da Catalunha, cargo de grande confiança e responsabilidade, anteriormente concedido somente a pessoas mais idosas e já experimentadas em funções semelhantes. O Imperador reconhecia assim, naquele vassalo fiel de 30 anos incompletos, a maturidade e prudência necessárias para tal cargo.

Nos três anos de seu vice-reinado, Dom Francisco acabou com o banditismo que infestava a região, robusteceu a fronteira com a França, implementou a marinha e, em tudo, mostrou-se hábil político e grande administrador.

Quando, em 1542, ia começar seu segundo triênio, o Marquês recebeu a notícia do falecimento de seu pai. Pediu então licença ao Imperador para ir pôr as coisas em ordem no Ducado que herdara.

Esta foi-lhe concedida, mas Carlos V já o havia nomeado Mordomo-Mor da Princesa da Espanha, Presidente de seu Conselho e Superintendente de seu Erário. À Duquesa, sua esposa, o Imperador nomeara Camareira-Mor; e às suas duas filhas maiores, damas de honra. Todos entenderam que, nomeando a Dom Francisco Mordomo-Mor de seu filho Felipe, Carlos V tencionava designar assim o primeiro-ministro do próximo reinado.

Entretanto... Deus queria para Dom Francisco não a vida na Corte, mas o governo do pequeno Ducado, a fim de melhor prepará-lo para a grandíssima missão que lhe destinava. E assim sucedeu que, quando Carlos V comunicou à Família Real portuguesa qual a Casa e Servidores que, com diligência, havia escolhido para a futura rainha da Espanha, os soberanos portugueses, por motivos ignorados, rejeitaram o Duque de Gandia.

Dom Francisco, nos sete anos seguintes, dedicou-se inteiramente ao seu novo Estado e à vida de família. Fundou um Colégio da Companhia de Jesus, depois elevado a Universidade, para dar formação verdadeiramente católica não só aos filhos de seus vassalos, mas principalmente aos dos mouriscos residentes no ducado, que mal aprendiam a verdadeira Religião.

Já se afeiçoara à nova milícia fundada por Inácio de Loyola, devido à amizade que mantinha com Pedro Fabro, Pe. Araoz e um dos jovens jesuítas que foram para o Colégio de Gandia, o futuro São Luís Beltrão, Apóstolo da Colômbia.

Membro da Companhia de Jesus

Em 1546, o Duque teve a dor de ver morrer sua piedosa esposa. Se, de um lado, com somente 36 anos, ele se via livre para realizar seu projeto de consagrar-se a Deus, de outro prendia-o ao mundo sua numerosa prole, ainda quase toda na infância.

Seu desejo de pertencer à Companhia de Jesus levou-o a enviar a Inácio de Loyola uma carta pedindo-lhe humildemente que o aceitasse entre seus filhos e expondo-lhe os obstáculos que se antepunham a tal desejo: a saber, sua condição de pai e Duque. Enquanto isso, fez voto de castidade e obediência ao superior dos jesuítas de Gandia.

A carta de Dom Francisco chegou ao Geral da Companhia de Jesus num momento de grande dor, pois este acabara de perder o seu primeiro e muito amado discípulo, Pedro Fabro, consumido por seu extraordinário zelo. Santo Inácio, que por revelação divina já soubera que o Duque entraria para Companhia, por nova luz sobrenatural teve conhecimento de que ele seria digno substituto do filho perdido.

E, realmente, o fundador da Companhia tinha o Duque em tão alta conta, que passou a consultá-lo sobre problemas que ele enfrentava na Espanha, recomendando ao seu Provincial que fizesse o mesmo.

Certa vez, tratando-se de uma fundação em Sevilha, à qual Santo Inácio não estava muito inclinado, enviou ele a Gandia uma folha em branco com sua assinatura e deixando ao Duque o poder de decisão.

Do papel que passou a ter Dom Francisco nos destinos da Companhia, dá prova o Cardeal Cienfuegos ao afirmar que "todas as empresas e dificuldades da Companhia na Espanha e mesmo na Europa passavam por Gandia, buscando a direção e o juízo de Borja, amparo de sua grandeza e abrigo em sua sombra". 

Profissão secreta na Companhia de Jesus

Carlos V, que nunca esquecia o Duque, pensou em nomeá-lo Presidente do Conselho do novo reinado. Ao convocar as Cortes Gerais do Reino de Aragão, em 1547, escolheu as pessoas que haviam de acompanhar seu filho Felipe, figurando na cabeça da lista o Duque de Gandia. Nomeou-o também Tratador (um dos quatro intermediários entre o Príncipe regente e seus Estados). Dom Felipe insistiu então com o Duque para que aceitasse definitivamente o cargo de Mordomo-Mor.

Dom Francisco recorreu a Santo Inácio. Este foi imediatamente ao Vaticano, suplicando ao Santo Padre uma dispensa extraordinária para que um nobre pudesse fazer a profissão solene na Companhia, conservando-a entretanto em segredo, mantendo as aparências de secular, pelo decurso de três anos, a fim de colocar seus filhos. Assim, esse nobre (cujo nome foi ocultado) ficaria livre de todos os assaltos exteriores.

Obtida a dispensa, o fundador da Companhia enviou-a ao Duque, recomendando-lhe que não se aproximasse de Roma, pois era desejo do Papa conceder-lhe o chapéu cardinalício.

O novo professo da Companhia continuou intervindo na reforma dos conventos relaxados. E quando os inimigos da Companhia lançaram uma campanha de calúnias contra seu fundador e os Exercícios Espirituais, por ele redigidos, Santo Inácio escreveu ao Papa pedindo um exame rigoroso dos mesmos, com uma conseqüente sentença pontifícia. Esta veio mediante o Breve Pastoralis Officii cura, uma aprovação explícita e honrosa da obra, concedendo indulgências a quem dela se aproveitasse. Isso fez calar e estremecer seus caluniadores. Ao fim de quase três anos, conseguiu o Duque casar seus filhos maiores. Transferira alguns de seus privilégios para seu segundo filho, e encarregara o mais velho de proteger e educar os três menores. Tudo parecia pronto quando, casando-se novamente o Príncipe Felipe, pensou outra vez no Duque para seu Mordomo-Mor.

Encontro de dois Santos

Dom Francisco escreveu a Santo Inácio pedindo-lhe licença para refugiar-se em Roma, uma vez que Paulo III havia falecido e o "perigo" do chapéu cardinalício estava momentaneamente afastado. O Geral da Companhia recebeu de braços abertos aquele filho, que conhecia só sobrenaturalmente. Quando o Duque ajoelhou-se para pedir-lhe a bênção, Santo Inácio fez o mesmo e reuniram-se os dois santos num longo abraço.

Mas não tardou que o novo Papa, Júlio III, conhecendo melhor o Duque, desejasse cumulá-lo de honras, inclusive a concessão do chapéu cardinalício. Santo Inácio mandou-o então afastar-se de Roma e voltar para a Espanha.
Em sua pátria, recebeu finalmente, como Grande de Espanha que era, a permissão de Carlos V para fazer-se religioso. Já podia deixar os trajes seculares, usar batina e receber a ordenação sacerdotal. Tinha então quarenta anos de idade.

Pode-se imaginar que repercussão tal acontecimento provocou na devota Espanha! De todos os lados choveram pedidos para sermões, visitas e exercícios espirituais.

Santo Inácio nomeou o ex-Duque de Gandia, apesar de sua recente ordenação, Comissário Geral da Companhia para toda a Espanha.

Certo dia, visitando nessa qualidade os jesuítas de Ávila, estes referiram-se a uma freira, cuja vida estava pontilhada de eventos extraordinários e que era muito perseguida e caluniada. Assim encontraram-se São Francisco de Borja e Santa Teresa de Jesus. O primeiro confirmou que esta era guiada pelo espírito divino, e transformou-se em seu ardente protetor.

Mas novamente o demônio e seus sequazes humanos recomeçaram a campanha de calúnias contra a Companhia de Jesus. O próprio Arcebispo de Saragoça, tio do Pe. Francisco, pregava contra os jesuítas. Em alguns lugares foram estes apedrejados.

Carlos V, vendo a tempestade que se formara, mandou chamar seu antigo protegido. Em uma conversa de três horas, comprovou toda a santidade do antigo Duque e a malícia dos caluniadores. A proteção do Imperador salvou novamente a Companhia. Pouco depois, Carlos V renunciava ao trono e retirava-se para o mosteiro de Yuste, onde três anos depois terminaria seus dias mencionando em seu testamento o Pe. Francisco.

Superior, Geral da Companhia de Jesus e glorificação post-mortem

Ao falecer Santo Inácio, o novo Geral, Pe. Laynes, devendo ausentar-se de Roma para participar do Concílio de Trento com o Pe. Salmeron, na qualidade de teólogos do Papa, chamou à Cidade Eterna o Pe. Francisco, nomeando-o Vigário Geral da Companhia. Isso lhe preparava o sucessor, pois, realmente, quando faleceu o Pe. Laynes, Francisco de Borja foi eleito por unanimidade terceiro Geral da Companhia.

Em seu governo, enviou seus filhos ao Novo Continente, inaugurou o noviciado da Ordem, recebendo nele o futuro Santo Estanislao Kostka e muitos outros que morreriam mártires em terras de infiéis.

O Papa são Pio V, preparando sua cruzada contra os turcos, pediu ao Geral da Companhia, devido a seu sangue real e grande prestígio que gozava na Corte da Espanha, que fosse pessoalmente tratar com o rei Felipe II sobre sua ajuda.

Ao voltar para Roma, alquebrado e com a saúde muito abalada, Francisco de Borja entregou sua alma ao Criador, na noite de 30 de setembro de 1572. Não só o povo, mas também Bispos e Cardeais acorreram à casa da Companhia para oscular os restos mortais daquele que já consideravam Santo.

Em 1671, Clemente XI canonizou-o solenemente. Toda a Espanha vibrou, especialmente a nobreza, que o nomeou seu patrono, obtendo ainda o traslado de seus restos mortais para Madri.
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São Francisco Borja (ou Bórgia)
1510-1572

Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro de 1510, em Gáudia, Valença. Teve o mérito de redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota e obscura época medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II, de Aragão e Castela. Os Bórgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente a Deus. 

Mesmo vivendo numa Corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco manteve-se sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância, foi pagem da Corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos. 

Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a unir-se nas orações diárias. 

O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A história mostra que a administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao palácio. 

Entretanto, com as sucessivas mortes de seu pai e sua esposa, os quais ele muito amava, decidiu entregar-se, totalmente, ao serviço de Deus. Em 1548, abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez votos de pobreza, castidade e obediência e entrou, oficialmente, para a Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também santo Inácio de Loyola. Meses depois, o papa quis consagrá-lo cardeal, mas ele pediu para poder recusar. Porém logo foi eleito superior-geral da Companhia. 

Nesse cargo, imprimiu as suas principais características de santidade: a humildade, a mortificação e uma grande devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro em sua terra natal, Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou, também, as primeiras missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma original dos jesuítas, impondo a todos a hora de meditação cotidiana. 

Morreu em 30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, são Francisco Bórgia foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, por meio dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca antes presumida.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."